terça-feira, 22 de março de 2011

NASCIMENTOS DIURNOS E NOTURNOS E AS PARTES DOS SETE PLANETAS


Desde os primórdios, à exceção de Ptolomeu, todos os autores consideravam a diferença entre nascimentos diurnos- com o sol acima do horizonte- e noturnos- com o sol abaixo do horizonte. Na fórmula noturna, a sequência dos significadores da fórmula diurna é invertida e com isto a distância entre eles passa a ser o complemento do arco utilizado na fórmula diurna com relação aos 360 º. Alterada a distância o arco é somado ao ascendente. Entretanto, há uma outra maneira de considerar o cálculo para nascimentos noturnos, usando a mesma distância da fórmula diurna e neste caso, ao invés de somar o arco ao ascendente ele é subtraido dele.


PARTES DOS SETE PLANETAS:

Fórmula Diurna:


Lua: Parte da Fortuna

Sol: parte do Espírito

Mercúrio: Parte da necessidade

Vênus: Parte de Eros ou do amor

Marte: Parte da coragem

Júpiter: Parte da vitória

Saturno: Parte de Nêmesis

segunda-feira, 21 de março de 2011

A IMPORTÂNCIA DAS PARTES NO MAPA NATAL


ORIGEM:


As partes não devem ser designadas como árabes porque são bem anteriores ao acolhimento e desenvolvimento da Astrologia por essa cultura. As partes são uma das ferramentas mais antigas da Astrologia. O astrólogo Vettius Valens, do século II refere-se a existência de partes nos antigos tratados de Nechepso e Petosiris, mas Paulus Alexandrinos, do século IV, em suas QUESTÕES INTRODUTÓRIAS afirma que a obra primordial das partes é o Panaretus de Hermes Trimegisto. Na verdade, as partes já eram utilizadas por todos os autores clássicos dos primórdios da astrologia Helenística: Dorotheus de Sidón, Vettius Valens, Firmicus Maternus, Paulus Alexandrinus e Hephaistos. Ptolomeu considerou apenas a parte da Fortuna e por este motivo, durante séculos, a grande maioria dos astrólogos, supôs que esta seria a única parte original e as demais teriam sido desenvolvidas pelos árabes.


PARTES OU LOTES:

Em nossas pesquisas comprovamos que as partes são anteriores à utilização das casas e foram criadas para possibilitar a interpretação de assuntos específicos na vida pessoal. Dorotheus de Sidón, do século I, prioriza a utilização das partes como complementação obrigatória para o significador natural planetário na interpretação de qualquer questão. Por exemplo: Para ver as condições da mãe o significador natural é a Lua, mas a parte da Mãe também precisa ser utilizada. posteriormente, com o desenvolvimento das casas, as partes continuaram a ser utilizadas em conjunto com elas, de modo a particularizar ou complementar um determinado assunto. No caso do exemplo citado acima, a casa IV, que indica as condições familiares, foi acrescida à Lua e a parte da Mãe. Existem partes para todo e qualquer assunto, e embora os árabes tenham criado um sem número delas para obter respostas às perguntas horárias, Olympiodorus, do século VI, em seu comentário às Questões Introdutórias de Paulus Alexandrinus, enumera 145 partes correspondentes aos mais diversos temas: Adultério, acusação, felicidade do casamento, traição, etc..

As partes podem ser descritas como gráus sensíveis do zodíaco que expressam a relação entre dois significadores que podem ser dois planetas, um planeta e uma cúspide ou um planeta e uma outra parte. A distância entre esses dois significadores é aplicada a um terceiro fator, normalmente o Ascendente. Ele é este terceiro fator porque marcando a primeira respiração, que indica o começo da vida, também deve indicar o começo de quase todas as questões. Contudo, nos primórdios as partes não possuiam um gráu específico, eram representadas pelo signo inteiro. Assim, tudo o que estava contido no signo estava co-presente. Aliás sabemos que inicialmente também o Ascendente não era considerado por gráu, mas por signo, uma vez que o primeiro sistema foi casa-signo, no qual cada casa correspondia a um signo, sendo a primeira aquela do signo Ascendente.


Texto extraido do Site Espaço Do Céu- Astrologia