segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

LILITH: A LUA NEGRA


Além de uma deusa proscrita como a conhecemos, representa a cisão do feminino, tanto a nível individual como coletivo, onde a liberdade, o instinto e a expansão da consciência devem submeter-se à dominação e aos tabus vigentes. Sendo assim, tais buscas de evolução- naturais e atávicas- no campo da experiência humana, acabaram por ser reprimidas com violência, restando apenas a tais conteúdos a opção de atuarem nas sobras do inconsciente. A Lua Negra ou Lilith aparece em vários mitos, o mais conhecido, sem dúvida, é o judaico, que a coloca como a primeira mulher de Adão. Segundo consta nasceu do mesmo material que seu companheiro; o pó da terra, sendo assim, sua igual.

Reclamou então seus direitos, afirmando serem os mesmos que os do parceiro, negando, desta forma, a supremacia masculina e recusando-se ainda aos papéis mais convencionais e submissos, como ficar sob o parceiro durante o ato sexual e maternidade. Foi assim que a deusa proferiu o inefável nome de Deus e fugiu do paraiso.

Do ponto de vista da Astrologia, a Lua Negra não é um astro, mas um dos pontos fictícios numa carta natal. Esta é a razão pela qual existe uma divisão entre os astrólogos em relação a mesma. Lilith também poderia ser um asteróide que recebeu o número 1181. Seu hieróglifo é representado por uma foice interceptada, ou ainda por dois crescentes lunares, formando um sol central com um ponto no meio: o olho do unicórnio, lugar metafísico por excelência.

Os adeptos da astrologia influencial, aquela entendida como ciência baseada na influência dos astros, não dão nenhuma importância a Lua Negra, por tratar-se apenas de um ponto fictício e não dão de um corpo celeste. No entanto os astrólogos tradicionais, sensíveis ao sistema complexo e coerente estabelecido por nossos antepassados, cujo princípio está baseado nas analogias e coincidências entre certos fenômenos celestes e terretres naturais, revelam sua importância no mapa astral.

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